Nas suas farras em Paris, Cabral posa para a fotografia de aniversário com Adriana e diz: “Chose de loque”. Filmado por Fernando Cavendish, ele afirma: ”Depois da vitória de Eduardo Paes este restaurante é a melhor coisa que existe”. Neste momento começa uma discussão na mesa. Alguém diz: ”Melhor é o aniversário de Adriana”. Outra pessoa diz: ”Melhor é o casamento do Fernando”. Para tentar demonstrar o seu conhecimento gastronômico mundial Cabral vira-se pra mesa e diz: ”Este é o melhor Allain Ducasse do mundo”, numa alusão ao chef do restaurante Luis XV, do Hotel de France, em Mônaco. Vejam o vídeo. É um festival de futilidade e deslumbramento, e pricipalmente de desrespeito pelo dinheiro público.
Wilson Carlos olha para a câmera no janta com Cavendish; ao lado ele se diverte na "Gangue dos Guardanapos" com o dono da Delta e o secretário Sérgio Côrtes |
A Operação Castelo de Areia é um dos maiores mistérios da corrupção brasileira e envolveu a construtora Camargo Corrêa. O grande advogado e ex-ministro de Lula, Márcio Thomaz Bastos (sempre ele), conseguiu uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para trancar a ação, prevendo o tsunami que atingiria vários governos estaduais e o próprio governo federal, mas documentos da Polícia Federal que estão em meu poder e que vocês verão parte agora, mostram que o secretário de Governo de Cabral, Wilson Carlos recebeu o equivalente a 5% dos R$ 40 milhões que a construtora acertou com Estado.
Documentos da Polícia Federal |
Para facilitar a compreensão por conta da obra do metrô, o governo do Estado pagou R$ 40 milhões de um acerto de contas com a Camargo Corrêa em 12 parcelas. E nos documentos apreendidos pela Polícia Federal no escritório do doleiro Kurt Paul Pickel estavam as anotações escritas por ele de próprio punho fazendo menção à comissão de 5% que era repassada a Wilson Carlos. Mas vejam o que diz o relatório da Polícia Federal:
Relatório da Polícia Federal |
Mas agora vem uma situação muito interessante. Quem é Carlos Emanuel de Carvalho Miranda? Trata-se de um antigo colaborador de Sérgio Cabral nomeado por ele na Assembléia Legislativa do Rio. Ele era incumbido de apanhar o dinheiro das mãos do doleiro e entregar a Wilson Carlos para repassar ao governador Sérgio Cabral.
A matéria da revista Veja mostra bem o desespero de Cabral por conta das revelações feitas pelo nosso blog.
Reprodução da revista Veja |
Em tempo: Daqui a pouco vou mostrar que o homem que a Polícia Federal diz que apanhava propinas de doleiro é sócio de Sérgio Cabral numa empresa que tem ainda como terceiro sócio um homem de confiança de Cabral muito conhecido da mídia e das agências de publicidade. Aguardem!
Exclusivo! O homem que recebia propina da Camargo Corrêa através de doleiro é sócio de Sérgio Cabral
Inacreditável, a corrupção no governo Sérgio Cabral não tem limites. Como mostramos, na Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal identificou Wilson Carlos, secretário de Governo de Cabral, como sendo beneficiário de 5% de todos os valores repassados à empreiteira Camargo Corrêa por conta de dívidas na Linha 4 do metrô do Rio.
Reprodução do relatório da Polícia Federal |
Na mesma operação a Polícia Federal identificou outro homem a quem a propina era entregue. Seu nome é Carlos Emanuel de Carvalho Miranda. Investigamos e descobrimos que durante a gestão de Sérgio Cabral na presidência da Assembléia Legislativa ele ocupava o cargo de consultor técnico da Comissão de Orçamento. Já seria um escândalo, mas prosseguindo nas investigações o nosso blog descobriu que Carlos Emanuel de Carvalho Miranda é sócio de Sérgio Cabral, o governador do Estado na SCF Comunicações e Participações Ltda. Na composição acionária registrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, Cabral tem 90% das ações, Carlos Emanuel tem 5% e pasmem, o Coordenador de Comunicação Social do Estado, jornalista Ricardo Luiz Rocha Cota tem outros 5%. Incrível, mas a empresa que tem o CNPJ 28.722.767 / 0001 – 43 fica localizada na Avenida Borges de Medeiros 2.373 / ap. 201, na Lagoa. Detalhe: endereço residencial.
Essas comprovações mostram que Cabral provavelmente usava esta empresa ou outra, que mostraremos mais tarde, para lavar o dinheiro que recebia de propinas.
Em breve: Maurício de Oliveira Cabral, o Mauricinho Cabral, irmão do governador também é sócio do homem que a Polícia Federal acusa de receber propinas de doleiro.
“Através de sua assessoria de imprensa, Cabral informou que a empresa SCF Comunicações foi desativada no segundo semestre de 2006, portanto, antes dele assumir o governo, em 2007. A empresa foi registrada no endereço de uma prima do governador, casada com Carlos Emanuel de Carvalho, um dos sócios. Cabral também tentou desqualificar a série de denúncias contra ele, publicadas no blog de Garotinho:
“Mais uma série de leviandades que não merece comentários. Essas falsas investigações que o ex-governador Garotinho publica no blog dele devem ser obtidas a partir de ex-policiais, os que foram expulsos por corrupção do nosso governo”, afirma Cabral"
Veja aqui a matéria da revista Veja
Veja a mentira: se a empresa estava desativada em 2006, por que o Governador Cabral declarou ao Tribunal Superior Eleitoral, como vocês podem ver no documento abaixo, sua participação na empresa?
Reparem que foi na eleição de 2010, portanto recentemente, sendo mentirosa a declaração à revista Veja.
O outro documento a seguir mostra a situação da empresa junto ao Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da Receita Federal, reparem o círculo vermelho onde está escrito a situação cadastral : “ATIVA”.
Quem está certo? O mentiroso Sérgio Cabral ou a Receita Federal?
Com a palavra a Polícia Federal.
FONTE BLOG DO GAROTINHO
Nenhum comentário:
Postar um comentário