A cachoeira deságua num delta que ameaça transformar Cabral em flagelado político.
Por que o governador Sérgio Cabral anda tão inquieto com a instauração da CPI do Cachoeira? Por saber que a cachoeira deságua num delta que pode inundar o Palácio Guanabara e transformar em flagelados políticos os donos do poder no Rio de Janeiro.
Por que o governador Sérgio Cabral anda tão inquieto com a instauração da CPI do Cachoeira? Por saber que a cachoeira deságua num delta que pode inundar o Palácio Guanabara e transformar em flagelados políticos os donos do poder no Rio de Janeiro.
Mais detalhes no post de agosto de 2011:
Depois de deixar eventuais explicações por conta da assessoria de imprensa, Sérgio Cabral saiu de seus cuidados para comentar a descoberta de que o governo do Rio acabou de beneficiar a Delta Construções, pertencente ao empresário Fernando Cavendish, com outro lote de “contratos para obras emergenciais” ─ sem licitação, naturalmente ─ que somam R$ 37,6 milhões. “Eu tomei conhecimento com a imprensa, não estava nem sabendo”, desconversou Cabral.
Com
apenas 10 palavras, o declarante conseguiu, simultaneamente, agredir a
língua portuguesa, atropelar a verdade, menosprezar a inteligência
alheia, zombar da polícia, do Ministério Público e da Justiça ─ e deixar
claro que se trata de um reincidente patológico. Ele prometera criar
juízo ao emergir do período de luto decretado em 17 de julho pela queda
de um helicóptero no litoral da Bahia. Pelo jeito, piorou.
Só no primeiro semestre deste ano, Cabral irrigou com R$ 58,7 milhões os canteiros de obras sem licitação da Delta.
Abalroado pelo acidente que escancarou as relações mais que promíscuas
que o ligam à família do amigo, anfitrião, patrocinador, agente de
viagens e contraparente Fernando Cavendish, encomendou um código de
conduta para vigiar-se. A nova safra de negócios malandros confirma que a encomenda foi mais um monumento ao cinismo.
Os
contratos foram assinados por Luiz Fernando Pesão, secretário de Obras,
vice-governador e candidato à sucessão do chefe e amigo. Um porta-voz
da secretaria lembrou que as obras “têm alta complexidade” e que parte
do dinheiro
vem do governo federal. Uma nota da Delta engrossou o discurso sobre o
nada: “A motivação para a escolha da Delta para obras emergenciais é o
fato da empresa ter capacidade e agilidade para atender a essas
demandas”.
Deve ser a única no mundo. Nos
últimos quatro anos e sete meses, a empresa Cavendish faturou, em
contratos com o governo do Rio, R$ 1,3 bilhão. A coisa fica mais
espantosa quando exposta pela procissão de zeros à direita: R$
1.300.000.000.00. O bilionário acasalamento de cabrais e cavendishs não é caso para código de conduta. É coisa para o Código Penal.
Fonte: Revista VEJA
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